ZEZÉ WAGNER
REFLEXÕES DE UM DIVÂ
A VIDA É UMA PIADA... DE MAU GOSTO
A vida é uma piada de mau gosto:
Onde você, diariamente, sofre pegadinhas para outros rirem de sua crença do querer bem, pura e simplesmente;
Quando 1% da população mundial come lagosta e champanhe e estão se lixando para famélicos que, nada mais são do que vagabundos, conforme suas teorias fétidas;
Quando sentem inveja das levantadas de cada tombo que tomaste, alguns destes de puxadas de tapete porque conseguiste resolver problemas que um superior não o fez;
Quando tentam tirar sua auto-estima porque a deles desmoronou;
Quando te são indiferentes por suas lágrimas e perdas;
Quando te olham, falam-te com um ódio insano por você querer a igualdade social;
Quando a razão está do seu lado, mas precisa se calar e usar seu ouvido como uma latrina.
A vida é uma péssima piada de mau gosto, no qual o universo é um circo e você o palhaço. (Zezé Wagner)
PROJECTS
ERA UMA VEZ
Você já percebeu como uma palavra pode transformar algo ou até mesmo desmascarar alguém?
Pois é, eu adoro um doce chamado MARZIPÃ.Marzipã, marzipan ou maçapão é um doce de origem árabe, preparado a partir de uma pasta feita de amêndoas moídas, açúcar e claras de ovos, que pode ser moldada em praticamente qualquer formato. Também podem ser adicionadas essências.Conhecido no ocidente a partir do século VIII, aproximadamente, o marzipã é servido geralmente com a forma de bolinhas ou figurinhas, pintadas com anilina ou em sua cor natural, e ainda com cobertura glaceada ou de chocolate.
Então, certo dia, eu abro a boca, sobre o bendito doce, perto de uma perua que se achava a rainha da cocada preta, a socialite do pedaço. A dita cuja se esqueceu de que era normal como os demais seres e largou a pérola: "O QUE É MARZIPÃ?"
MORAL DA HISTÓRIA: Se você não é a 'the best', nunca irá ter credibilidade de ninguém sobre isso, se não for realmente a melhor..
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TRIATLO DA VIDA
Sou uma triatleta: da vida.
Sinto-me como estivesse em competição, entre a desilusão e a esperança.
Será que todos pensam nisso ou somente eu, essa 'metamorfose ambulante'? (Raul Seixas).
Não venhas me dizer frases de otimismo porque, neste exato momento e dia, não acredito nelas.
Já te imaginaste em um ônibus, cujas paradas são nossas decisões e incertezas e pensaste em sair do veículo para fora do mundo? Eu sim.
Já tiveste de escolher um caminho, cujas direções são diversas e não te informam qual é a correta? Eu sim.
Estou em uma dessas encruzilhadas e não sei qual rumo tomar.
Já me perdi em meus direitos, distrações, afagos, carinho, amigos, médicos, pois não vivi para me cuidar. Vivo para cuidar.
Não tenho o poder de decidir o que seja melhor para mim ou mesmo para outrem, que dependa de mim.
Minhas sugestões, palpites, palavras já não me servem para nada e muito menos para os outros, mesmo que estes estejam com a solução à frente. Mas...não, eu não posso decidir por ninguém. Posso, sim, ajudar alguém. Esse é o limite dado a mim.
E o que me acontece, quando isso ocorre? Eu é que me prejudico com os erros dos outros e com meu querer não conquistado porque já não vivo por mim, vivo somente para ajudar alguém, alguns.
Tu há de me questionar se não me sinto recompensada em fazê-lo. Estás certo! Ajudar, amparar faz parte do lado bom do ser humano.
E eu?? Onde me encaixo nesse mar de dores e obrigações, lágrimas e desilusões?
Deus, eu gostaria de um anjo amigo que cuidasse de mim, que curasse minhas feridas não cicatrizadas do coração e de meu corpo, que me dissesse 'este é o caminho certo', que me chegasse em casa, com o intuito somente de me ver.
Sinto-me como se já não existisse, mas tão-somente um ser útil e utilizável nas horas oportunas.
Não recebo obrigados(as), nem um 'Deus lhe pague'. Meu Pai parece considerar-me um Triatleta de competições; qual dor você mais suporta; quanto de dor você pode aguentar.
Parem o mundo, pois quero sair dele.
IRMÃ SOL, IRMÃ LUA
Tenho certeza de que você, leitor, já recebera dezenas de correntes por email, assim como eu, se acessa, pelo menos, sua caixa de entrada na internet.
Pois é. Muitos remetem-nos orações com base em suas crenças e até mesmo, influenciadas pela própria ciência.
Sou do tipo 'São Tomé'; eu preciso ter uma comprovação de qualquer afirmação que me façam. Talvez pelo fato de ter me graduado em Direito, ou por ser uma eterna questionadora. Contudo acredito piamente que o mundo, em todas as formas, pessoas, elementos da natureza, enfim, tudo, possui uma ação e uma reação.
Se faço algo bom, de alguma maneira, em algum tempo, terei uma resposta de meu ato e vice-versa.
Então, pra variar, comecei a pensar no porquê de tantas pessoas discorrerem sobre assuntos em voga como maltrato aos animais, à flora, etc..
Pensamentos e ações louváveis, é claro. Daí vem minha pergunta: Você é a favor do aborto?
Dependendo do leitor, haverá uma gama de respostas afirmativas ou não.
Vejamos, primeiramente, uma leitura de um dos livros mais lidos do mundo: a Bíblia. Nela, há um dos mandamentos divinos, no Velho Testamento: Não Matarás.
Essa determinação é genérica. Você concorda comigo?
Por que genérica? Porque não é especificado a quem não devamos matar, certo?
Voltemos ao assunto do aborto, pois há uma ligação fundamental nesta abordagem.
Quando Moisés encontrou a tábua dos Mandamentos de Deus, os homens eram de uma Era embrutecida, na qual matava-se por um pedaço de madeira ou algo que lhe fosse útil ao matador e ao morto.
Não havia o Direito de ir e vir, de propriedade, do Trabalho, enfim, nada que garantisse algo a alguém.
Assim, para os homens não se dizimarem, Deus, em sua Sabedoria Unipotente, criou tal mandamento.
Agora, tentemos fazer uma leitura dessa norma, nos tempos atuais.
Complicou muito, não é?
Se um homem mata outro por este lhe haver tirado a vida da filha, sendo ela estuprada, aos três anos de idade, a morte seria tão justa quanto a de matar o próprio filho, que não pediu para nascer?
Embriagados, drogados, nas estradas e até na porta de nossas casas, tornam-se assassinos, da noite para o dia.
Se você ainda tem alguma dúvida, avancemos do Velho Testamento e abramos nosso Livro Sagrado em Matheus, 7, 19: "Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo".
Em minha humilde visão, tirar a vida de um filho, mesmo antes deste vir a luz do dia, é um dos piores crimes cometidos.
Matar um estuprador em série, é um favor à humanidade.
Coloco-me no lugar da mãe da criança estuprada e da criança no ventre, que não pedira para nascer.
Portanto, o ato de matar nunca poderá ser visto como um gesto genérico.