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DUPLA FACE

 

 

 

 

 

 

QUIÇÁ

A Ética chora a perda dos seus,

Desvendando mentiras deslavadas,

Cujas mentes são iguais a fariseus,

E o ontem eram almas aljofradas,

Com o povo como a voz de Deus.

 

Alguns nasceram tão limpos,

E o tempo os deformou tanto,

O dinheiro lhes espelhou encanto,

E os fez deuses de um Olimpo.

 

São médicos, juízes e empresários,

Que jaz a fonte do bom intento,

E desconhecendo qual momento,

Tornaram-se egos mercenários.

 

Contudo a verdade nunca dorme,

Como o Pai que tudo Vê,

A mente podre e disforme,

Mata aquele, eu e você. 

 

Destarte meça os seus atos,

Pois não se extingue o sucedido,

O real é colcha de fatos,

Que define o bom e o bandido.

 

Quiçá eu tivesse na vida,

O tempo como um  irmão,

Não o houvesse peso e medida,

Mas seu retorno sem vazão.

 

Quiçá pudesse o tempo,

Falar-me de tudo um tanto,

Da dor sendo o advento,

A antevê-la portanto.

 

Quiçá o amor viveria,

Em extremo infinito,

Tristeza não vingaria,

Nem o ódio como atrito.

 

Quiçá as flores falassem,

Em coro com os anjos,

E das falas brotassem,

Sonetos, arranjos.

 

Contudo aquilo que  penso,

Vem do mundo da ilusão,

Que brota de um sonho imenso,

De um sofrimento sem razão

(Zezé Wagner)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUDO TÃO SIMPLES

 

 

 

 

 

Não chego a ser pobre,

Tampouco sou nobre,

Lutei meu intento,

Em nada lamento,

Corri nesta vida,

Sempre na lida,

Somente tem paz,

Aquele que faz,

Há todo um encanto,

Se olho em um canto,

Não sou nem um santo,

Mas faço meu quanto,

Cada um tem seu conto

Partindo de um ponto,

É mister dar a mão,

Pra um certo irmão,

Eu ando à mil,

E já é Abril,

E este governo,

Está em meu termo,

Se alguém contestar,

Precisa provar,

Que outro reinado,

Foi bem governado,

Administrado,

Sem povo com fardo,

Eu sei o que falo,

Não canto de galo,

Mas é muito claro,

Que eu tenho amparo,

E trabalhador,

Eu peço um favor,

Quando protestar,

Precisa informar,

Da nota a fonte,

Porque tem um monte,

Jornal e TV,

Que molda você,

Aceite um conselho,

Se olhe no espelho,

Só é cidadão,

Desde Adão,

Quem faz sua parte,

Não fica em Marte,

E dá um aparte,

Porque só assim,

Teremos bom fim,

E amar sua raiz,

Que é nosso país!

Gente

Gente imprudente,

Que quando está triste,

Bota o dedo em riste,

Só quando de boa,

É legal com a pessoa,

Não vê? Todos nós,

Temos um dia algoz?

Se fecham na dor,

Mas pedem favor,

Não ligam, não falam,

Amizades abalam,

Que tipo é você,

Acaso é um bebê?

É mal educado,

Tanto recalcado,

Não vê o teu tato,

Com quem é de fato,

Amigo em má hora?

Então vou embora,

Você me aborrece,

Porque não merece,

Em meu ombro teu fardo,

Que te ofereci,

Mas deu seu de lado,

Magoei-me, sofri,

Agora já sei,

Eu averiguei,

Um ser bem ingrato,

Que não é de bom trato.

 
 
 
 

SETENTA VEZES SETE

 

 

O carro não pega,

 O cara é brega,

 O clima é quente,

 É muita gente,

 O tempo está frio,

 De dar calafrio,

 Não está chovendo,

 Dieta não resolvendo,

 A sombrinha quebrou,

 O cabelo armou,

 O trânsito parou,

 Batata engorda,

 Quero pizza com borda,

 Namorado pobretão,

 Há corrupção, 

 Todo mundo é ladrão,

 Me deram o balão,

 O que faço então,

 Passei dos quarenta,

 Som ruim se inventa,

 O ar que não esquenta,

 Não chego aos noventa,

 Sou magra demais,

 Gorda jamais,

 É assim que se faz,

Eu preciso de paz,

A criança chorando,

O menino roubando,

A moto costurando,

O povo apanhando,

Meu pai é durão,

Cadê a educação,

Perdi a caneta,

Tocou a sineta,

E aquela camiseta?

Ele fez uma careta,

Eu só reclamando,

E a vida passando,

Sou um burro pastando,

E não estou cantando,

Um político é vil,

Só há medo e fuzil,

O motorista não viu,

Dá jeito o Brasil?

A gente tenta,

Vê se não  esquenta,

Assim aos quarenta,

Não chega aos setenta. 

 

 

 

 

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÃES
com marido;
sem marido;
solteiras;
com filhos presentes;
com filhos ausentes;
amadas;
não amadas;
de filho único;
gêmeos;
múltiplos;
de filhos numerosos;
de filhos naturais;
de filhos adotivos;
jovens;
não tão jovens;
quarentonas;
de crianças especiais;
normais;
superdotadas;
de bebês;
crianças,
adolescentes;
adultos;
profissionais;
de sucesso;
sem sucesso;
famosos;
não famosos,
mas que não deixarão de serem seus filhos amados extremamente, defendidos ferozmente, aconselhados prudentemente.
(Por Zezé Wagner)
TODO DIA É NATAL

Todo dia é Natal,
 

 

 

Nunca deve se esquecer,

Lute entre o bem e o mal,

E o melhor virá a ser.
 

Todo dia é Natal,

Pense sempre que é assim,

Trabalhar é essencial,

Com dinheiro ou não pra mim.
 

Todo dia é Natal,

Olhe lá, a pobre criança,

Dê-lhe sempre a esperança,

Pois seu Deus é imortal.
 

Todo dia é Natal, 

Mesmo sem farto jantar,

Do pôr do sol ao despertar,

Um sorriso não faz mal.
 

Todo dia é Natal,

Veja a face do inocente,

Ter pureza é pertinente,

Para um não mundo brutal.
 

Todo dia é Natal,

E, hoje, quero lhe dizer,

Que há muito a fazer,

Pra atingir nosso ideal.

Onde houver boa ação,

Inexiste um ser letal.

Tenha fé e coração,

Para ter sempre seu Natal.

           FUNDO MEL
Ó fundo azul, do amanhecer,
Quando te vejo, sou nascer,
Viver de amor, sem dor, o ideal,
Tão longe assim, do sal, do mal,
 
Ó fundo mel, do entardecer,
Quando te vejo, sou viver,
Ao ver além de mim, sonho de amar,
Tão lindo assim, o céu e o mar,
 
Ó fundo breu do anoitecer,
Só há em mim, a dor do amor,
Amor sem par, sem luar, sem lugar, sem você,
Amar metade é só morrer.

 

 

 

      

   Faxina

Hoje eu fiz uma faxina.

Faxina facebookeana,

Talvez seja minha sina,

Ter sempre gente banana,

Quero é sinceridade,

E com pouca quantidade,

Que tenha boa vontade,

E que diga a verdade.

 

Por duas vezes já saí,

Pois não gostei do que vi,

Mas amigos aqui estão,

Essa é a grande questão.

 

Pr'eu não ficar em sua página,

Nâo precisa fazer mágica,

Dê um clique em desfazer,

Pra minha cara não mais ver,

Quero é ficar contente,

Com postagem dessa gente,

Que me curte e compartilha,

E não me joga armadilha,

Pois aqui é um canal,

À amizade inicial,

Porque amigo é ter um bem,

E vou ser sua também,

O Facebook bloqueou,

Não sei o que não gostou,

Nem ao menos contatou,

E no entanto, aqui estou.

Repentes

Em Campinas,

Me sinto em Salinas,

Nunca chove,

Nada se resolve,

O tempo está quente,

E num de repente,

Tem um monte de gente,

Dizendo chuva é urgente.

 

Estou bem cansada,

Não fico deitada,

Pois  minha empreitada,

É desatinada,

Sou uma coitada,

Não vou à balada,

A vida é danada,

Estou sem empregada.

 

Desse jeito à vida eu vou,

É assim que eu sou,

Minha cabeça já estourou,

De vender Barry Manilow.

 

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